Participe no Estudo Nacional sobre o Racismo no Futebol em Portugal

ESTUDO

O Estudo Nacional sobre o Racismo no Futebol em Portugal: Perceções e vivências, cujo objetivo central foi caracterizar a forma como as pessoas percecionam e vivenciam situações de racismo no contexto da prática do futebol português, contou com a participação de 1681 pessoas, 456 do sexo feminino, 1221 do sexo masculino e 4 não binárias.

1681 respostas

sexo feminino

%

456 PESSOAS

Sexo Masculino

%

1221 PESSOAS

Não Binárias

%

4 PESSOAS

A quase totalidade da amostra (89.6%) tem nacionalidade portuguesa, sendo que cerca de 65% das pessoas têm mais de 25 anos e cerca de 40% possuem habilitações literárias ao nível do ensino secundário.

NACIONALIDADE
PORTUGUESA

%

+ DE 1500 PESSOAS

MAIS DE
25 ANOS

%

+ DE 1090 PESSOAS

HABILITAÇÕES:
ENSINO SECUNDÁRIO

%

+ DE 670 PESSOAS

44.1% das pessoas participantes vivem na zona Norte do país e 19.2% na área metropolitana de Lisboa.

ZONA NORTE

%

+ DE 740 PESSOAS

p

ZONA NORTE –  44.1% DOS PARTICIPANTES

p

ZONA CENTRO –  18% DOS PARTICIPANTES

p

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA –  19,2% DOS PARTICIPANTES

p

ALENTEJO –  3,5% DOS PARTICIPANTES

p

ALGARVE –  2,4% DOS PARTICIPANTES

p

MADEIRA –  2% DOS PARTICIPANTES

p

AÇORES –  2,2% DOS PARTICIPANTES

ÁREA METROPOLITANA DE LISBOA

%

+ DE 320 PESSOAS

Cerca de 25% das pessoas participantes são adeptos/as, 20% treinadoras e 16.5% atletas amadores/as. Apenas no caso das pessoas encarregadas de educação e atletas profissionais a percentagem de participação do sexo feminino foi superior à do masculino.

ADEPTOS/AS

%

+ DE 420 PESSOAS

TREINADORES/AS

%

+ DE 336 PESSOAS

ATLETAS AMADORES/AS

%

+ DE 270 PESSOAS

RESULTADOS 

O género, a cor da pele, a etnia, a orientação sexual/identidade de género e as questões da diversidade funcional foram os 5 fatores de discriminação mais apontados pelas pessoas participantes, destacando-se no caso das mulheres o género (75.9%) e no caso dos homens a cor da pele (49.5%). As pessoas mais jovens destacaram mais a cor da pele e as menos jovens (com 40 anos ou mais) a orientação sexual/identidade de género. São as pessoas jornalistas aquelas que mais destacaram o género (70.2%) e as pessoas atletas amadoras a cor de pele (71.2%).

FATORES DE DISCRIMINAÇÃO A DESTACAR

gÉNERO

%

MULHERES

COR DA PELE

%

HOMENS

POR ATIVIDADE

gÉNERO

%

JORNALISTAS

COR DA PELE

%

ATLETAS AMADORES/AS

Cerca de 60% das pessoas participantes consideraram existir racismo no futebol em Portugal, sendo a percentagem de mulheres que respondeu afirmativamente (73.2%) superior à dos homens (50%). A maior parte das pessoas participantes com 40 anos ou mais (62.6%) considera que não há racismo no futebol português.

EXISTE RACISMO NO FUTEBOL EM PORTUGAL?

sim

%

+ DE 1000 PESSOAS

MULHERES

%

ACHAM QUE SIM

HOMENS

%

ACHAM QUE SIM

participantes com 40 anos ou mais (62.6%) consideraram que não há racismo no futebol português

A grande maioria das pessoas participantes (95.7%) nunca praticou nenhuma forma de racismo no futebol em Portugal. Contudo, cerca de 40% e 60% das mulheres e dos homens, respetivamente, referiram ter assistido mais do que uma vez a casos de racismo neste contexto. São as pessoas jornalistas e as com 40 anos ou mais aquelas que afirmaram de forma mais veemente ter vivenciado/testemunhado atitudes e comportamentos racistas neste contexto.

RACISMO

%

NUNCA PRATICARAM

MULHERES

%

JÁ ASSISTIRAM

HOMENS

%

JÁ ASSISTIRAM

As mulheres participantes informaram/denunciaram os casos de racismo vivenciados/testemunhados às pessoas treinadoras, em cerca de 19% dos casos, e os homens às pessoas árbitras, em 20.3%. Independentemente da idade ou da categoria de participação no Estudo, a maior parte das pessoas indicou recorrer às pessoas árbitras nestas situações.

a maior parte das pessoas recorreu às pessoas árbitras

MULHERES

%

DENUNCIARAM ÀS PESSOAS TREINADORAS

HOMENS

%

DENUNCIARAM ÀS PESSOAS ÁRBITRAS

Cerca de 73% e 49.6% das mulheres e dos homens, respetivamente, selecionaram como manifestação mais comum de racismo no futebol em Portugal a violência verbal. Independentemente da idade ou da categoria de participação no Estudo, a maior parte das pessoas fez referência ao mesmo tipo de vitimação.

violência verbal

MULHERES

%

IDENTIFICARAM

HOMENS

%

IDENTIFICARAM

93% e 90% das mulheres e dos homens, respetivamente, consideraram que o racismo no futebol em Portugal se dirige a atletas, em 74.9% e 85.2% dos casos, respetivamente, do sexo masculino. Este dado é partilhado pelas pessoas participantes de todos os grupos etários.

A QUEM SE DIRIGE O RACISMO?

MULHERES

%

A PESSOAS ATLETAS

HOMENS

%

A PESSOAS ATLETAS

A ATLETAS DE QUE SEXO?

MULHERES

%

ATLETAS DO SEXO MASCULINO

HOMENS

%

ATLETAS DO SEXO MASCULINO

Cerca de 50% e 70% das pessoas participantes, respetivamente homens e mulheres, consideraram que quem mais exibe atitudes e comportamentos racistas no futebol são as pessoas adeptas, seguindo-se as claques (37.4% no caso dos homens e 52.4% no das mulheres). Independentemente da idade ou da categoria de participação no Estudo, as respostas foram dadas no mesmo sentido.

QUEM EXIBE ATITUDES RACISTAS?

MULHERES

%

PESSOAS ADEPTAS

HOMENS

%

PESSOAS ADEPTAS

ESPECIFICAMENTE AS CLAQUES

MULHERES

%

CLAQUES

HOMENS

%

CLAQUES

86.8% e 82.8% das mulheres e dos homens, respetivamente, consideraram que o tratamento que é dado aos casos de racismo no futebol em Portugal é desadequado, tendo sido também este o sentido das respostas, independentemente da idade ou da categoria de participação no Estudo.

TRATAMENTO DE CASOS DE RACISMO NO FUTEBOL

MULHERES

%

DESADEQUADO

HOMENS

%

DESADEQUADO

CONSIDERAÇÕES

A desvalorização da gravidade dos casos foi apontada como o fator que melhor explica o tratamento desadequado que é dado aos casos de racismo no futebol em Portugal, independentemente do sexo, da idade ou da categoria de participação no Estudo.

De um modo geral, as pessoas participantes consideraram que as medidas que melhor poderiam contribuir para prevenir e combater o racismo no futebol em Portugal seriam a punição das pessoas adeptas e o investimento na educação contínua.

Estudo Nacional sobre o Racismo no Futebol em Portugal: Perceções e vivências